terça-feira, 19 de setembro de 2017

Matar a malapata na meia do Porto




- Domingo.
- 17 de setembro
- 11ª Meia maratona do Porto
- 10 horas
- 21,1 kms

Isto era o que nos esperava.
Alvorada ás 06H45
Com tempo mais que suficiente para "acordar" o corpinho e fazer a digestão comme il fault 👍
Sumo de laranja, duas fatias de pão integral e duas peras.
Estômago aconchegado.
Arrancamos ás 07H51, este escriba (Mike), Teresinha e Pedrinho.
Leninha e Diogo de férias pela estranja, não nos faziam companhia mas torciam por nós.
Era a décima segunda meia maratona que iriamos correr e para o Pedrinho era a sexta.
No Porto, já tínhamos corrido em 2015 e 2016.
E, pasme-se !!!, nessas duas, fiz os piores tempos de sempre em meia maratona!
Como é possível?
Na minha cidade não carburava?
Seria malapata?
Teria que ir ao bruxo de Fafe?
Ou ao professor Karamba?
Uff,.............. aqueles "desmaios" nas duas edições anteriores estavam-me atravessados na garganta.
Tinha que quebrar a malapata.
Seria hoje?
Tem de ser.
Estacionamos o bote no local do costume (em frente ao novo restaurante KFC perto do Hotel Ipanema) e descemos até ao Fluvial.
O termómetro marcava 11 graus.
Ok, bem bom, fresquinho, fresquinho.
Lá fomos nas camionetas da organização para o local da partida (Ponte do Freixo)
Isto de andar em quatro rodas não custa nada, é sempre a andar 😃
Chegados á Ponte do Freixo (9 horas), damos logo de caras com o Zé Esperança.
Claro mais conversa sobre provas no estrangeiro (Esperança, com esperança de um dia ir correr a Buenos Aires), seria bueno seria 😀
Então, para começar, a primeira foto,


                                         O grande atleta Esperança no meio dos Happyrun

Bom, vamos mexer um bocadinho porque está frio.
A multidão já ocupa a estrada toda e vamos vendo as caras habituais destas andanças.
Encontramos a nossa sobrinha querida.
Sim, a Ana inscreveu-se na caminhada e estava pronta para caminhar e correr um bocadinho para se habituar.
Aqui vai,


      A nossa querida sobrinha Ana que um dia nos irá dar o grande prazer de correr connosco 💙💙

Oh, já temos mais uns "penetras" para mais uma foto.
Ora vejam,


                                    Serafim e Cristina também prontos para a meia maratona

Mais umas corridinhas de aquecimento já com uma multidão enorme a ocupar a estrada e, mais um encontro,


                              Silvério e um seu amigo também prontos para "paparem" 21 kms

Bom, último aquecimento e mastigo uma barra energética.
Tou bem.
Sinto-me mesmo bem.
Hoje é pra valer.💪
Eram os pensamentos que me assaltavam a cabecinha.
O sol já tinha aparecido e a temperatura aumentava.
Vamos para a caixa de partida.
Lá encontramos o Lénio.


                                                  O salgueirista Lénio não falha uma

Pum.
Tiro de partida.
Desta vez levamos 03:32 minutos a chegarmos á meta de partida.
Lá vamos nós.
Tática para hoje: tentar fazer o que dizem os livros, ou seja, fazer a primeira parte mais lenta que a segunda.
Cabeça fria, deixá-los passar sem importar com isso.
E passavam.
Ritmo moderado e confortável.
Já estamos a chegar á Ponte D. Luis.
Pedrinho já ia bem lá na frente.


                                        Ao km 3 mesmo a chegar á Ponte D. Luis

Já estamos no lado de Gaia.
Bem, muito bem, sentia-me leve, levezinho.
Logo depois do cais de Gaia deparo com um atleta a ser assistido pelo INEM.
Joelho cheio de sangue.
Tinha batido nas guardas daquele passeio sobre o rio Douro.
Guardas tipicamente de arquiteto, ou seja, esteticamente bonitas mas perigosas para os utentes.
Lembrei-me logo que tinha sido aí a minha única queda (num treino).
Bati nas guardas e andei "empenado" uma semana.
Siga.
Ah, já nos tínhamos cruzado com os primeiros quenianos que passaram a 300 á hora!
Retorno aos Km 8 depois da Afurada.
Olho para o relógio.
47:07 minutos
Ok.
Vamos muito bem.
Correr pela sombrinha (agora as escarpas eram nossas amigas) e já estamos a entrar novamente na Ponte D. Luis (km 13).
Aí, Pedrinho tem a sorte de ter uma das melhores fotos se sempre.
Aqui vai,


                                                   Pedrinho numa foto para a posteridade

Nós, não tivemos tanta sorte porque estavamos um pouco tapados.
Aqui vai,


                                          Cenário extraordinário da Ponte D. Luis

Siga agora para a Ponte do Freixo novamente.
Ritmo sempre igual e confortável.
Cada vez acredito mais que iria ter força para acelerar na parte final.
15 kms no retorno e abastecimento.
Deito a mão á mesa do gel e "saco" 3 embalagens.
Está na hora de pensar em acelerar.
Tenho força?
Tenho.
"Enfio" duas embalagens de gel para o meu "depósito" e penso positivo.
Teresinha, como sempre, dava as passadas sem qualquer dificuldade.
Passamos o túnel da Ribeira com música ao vivo e digo para mim: "é agora".
Ok
Lembrei-me que no ano passado ao sair do túnel estava "morto".
Completamente "morto".
Desta vez, não.
Acelero e sinto-me fresquinho como um alface.
Começamos a "galgar" e era só passar por eles.
O gozo que isso dá!
Alguns até parecem que estão parados.
Psicologicamente não há nada melhor.
Sinto-me forte.
Sinto-me á Mike Tyson 💪💪💪
10, 20, 30, 40, 50, sei lá, eram tantos a serem passados que, cada vez que passava um, tinha logo o objetivo de passar o seguinte.
E passava-o.
Era uma motivação constante.
Ponte Arrábida.
Km 20
Só falta um.
Olho para o relógio?, pergunto a mim mesmo.
Não.
Não olhes, dá tudo, não te distrais, ainda vais bater o teu record que é de 02:02:25
Será possível?
Siga.
Ainda dou mais um bocadinho de mim.
Na reta da meta lá estava a minha sobrinha Ana e o Boaventura a nos incentivar,
Cortamos a meta com satisfação e a pensar que ainda fazia mais uns kilómetros.
Será isto bom augúrio para a maratona?
Pois, mas a maratona é só o dobro (42 kms)!
A ver vamos.
Olho para o relógio.
02:03:00
Espetáculo!
A minha cidade já merecia que a não deixasse ficar mal.
Fiquei a 35 segundos de bater o meu record da meia maratona!
Fotos da chegada,


                                      A cortar a meta com uma satisfação bem notória na cara


                                                                    Pedrinho na reta da meta

E pronto.
Medalha, saco de abastecimento e recuerdos e lá fomos ter com o nosso bote.
Desta vez tínhamos os famosos cubos de gelatina do Pedrinho para saborear.


                                         Estas gelatinas pareciam lagosta 😃

Para memória futura,

Terminaram 4756 atletas
Teresinha, tempo de 02:02:59, lugar 3592 na geral e, no seu escalão (F55), lugar 9 em 24
Mike, tempo de 02:03:00, lugar 3593 na geral e, no seu escalão (M60), lugar 122 em 172
Pedrinho, tempo de 01:50.24, lugar 2197 na geral e, no seu escalão (M40), lugar 477 em 848

Os nosso amigos das provas,
Silvério Pinto, tempo de 01:45:21, lugar 1903 na geral
Serafim Ramos, tempo de 01:56:00, lugar 2883 na geral
José Esperança, tempo de 02.39.21, lugar 4699 na geral
Pedro Esperança, tempo de 01:59.10, lugar 3003 na geral
Lénio Marinho, tempo de 02:07:43, lugar 3917 na geral

Vencedor masculino: Abraham Kiptum com 01:00:06
Vencedora feminina: Monica Jepkoech com 01:09:23 (novo record da prova)
Melhor português: José Moreira com 01:07:13 (14º da geral)
Melhor portuguesa: Salomé Rocha com 01:14:41 (46ª da geral)

Curiosidades:
Os nosso tempos de 5 em 5 kms:
- aos 5kms: 00:28:45
- aos 10 kms: 00:57:57
- aos 15 kms: 01:26:58
- aos 20 kms: 01:55.35
A prova teve 21,27 kms

- Km mais rápido: km 18 com 00:05:31
- Km 21 a 00:05:33
- Km mais lento: km 6 com 00:05:56

Este ano fizemos menos 21:45 minutos que o ano passado!!!

E pronto.
É tudo.
Agora, treinar forte.
Nova meia maratona nos espera no próximo mês.
Onde será?
Ui,.......... levanto o véu: é na "estranja", a 2319 kms do Porto e a 02:50:00 de viagem em avião 😋
Onde será?
Bjs e abraços para todos deste v/ servo
MIKE
2017.setembro.